![A imagem mostra os três tipos de Cordões de Acessibilidade: o cordão quebra-cabeça, cordão do infinito e o cordão de girassol.](http://www.vileve.com.br/wp-content/uploads/2024/06/Capa-blog-Cordoes-de-acessibilidade.jpg)
Você já deve ter visto alguém usando um cordão no pescoço com o tema de girassol ou quebra-cabeças, não é mesmo? Estes são alguns dos tipos de Cordões de Acessibilidade das Doenças Invisíveis.
As doenças invisíveis ou ocultas, são condições médicas que afetam significativamente a vida dos portadores e sem apresentar sintomas externos visíveis. Entre elas estão as doenças crônicas, autoimunes e aquelas referentes a condições mentais.
Neste post trouxemos informações sobre a história da criação desses cordões, quais as condições para uso e os direitos que os portadores possuem. A partir deste artigo buscamos melhorar a compreensão e o tratamento das pessoas que portam doenças ocultas.
História dos Cordões de Acessibilidade
Cordão de Girassol
![Mão de homem jovem e branco levantada mostrando o cordão de girassol (um dos Cordões de Acessibilidade), por de trás desfocado há um ambiente de sala de espera de um aeroporto.](http://www.vileve.com.br/wp-content/uploads/2024/06/53-1024x683.jpg)
Os cordões de acessibilidade, das doenças ocultas são uma inovação relativamente recente. O primeiro e mais conhecido deles, foi o Cordão de Girassol, criado em 2016 no Aeroporto de Gatwick, no Reino Unido. A ideia surgiu como uma forma de identificar passageiros com necessidades não visíveis para oferecer assistência de maneira discreta e eficiente. O sucesso da iniciativa no aeroporto levou outros setores, como supermercados, hospitais e serviços públicos, a aderirem a ideia.
O Cordão de Girassol se destaca por sua simplicidade e eficácia. O cordão possuí fundo verde decorado com girassóis. Através desse cordão, funcionários treinados conseguem identificar e oferecer apoio a pessoas que possam precisar de ajuda adicional cuja condição não é aparente à primeira vista.
Cordão Quebra-Cabeça
O Cordão Quebra-Cabeça foi criado com o objetivo de representar as dificuldades de compreensão das pessoas com Transtornos do Espectro Autista (TEA). Infelizmente a comunidade autista não ficou muito satisfeita com este símbolo e muitos passaram a enxergar o quebra-cabeça como uma analogia para aqueles que “não se encaixam na sociedade”.
Apesar das opiniões divergentes esse cordão ainda é muito utilizado por pessoas que possuem TEA ou por seus responsáveis. Também é comum encontrar esse símbolo em placas de filas prioritárias e em locais onde há acessibilidade para esse público.
Cordão do Infinito
O Cordão do Infinito, conhecido como o logotipo da neurodiversidade, também é usado como o símbolo do Dia do Orgulho Autista (18 de junho). Esse cordão foi desenvolvido pelo próprio público autista, que usou o sinal do infinito com cores do arco-íris para representar a diversidade entre aqueles que estão dentro do espectro autista, mesmo tendo semelhanças neurológicas entre elas.
Condições para uso do Cordão de Acessibilidade
Os cordões de acessibilidade são destinados a indivíduos que detenham uma ou mais condições invisíveis. Entre elas estão:
Doenças Crônicas –
Diabetes – Necessidade de atenção especial em caso de hipoglicemia ou hiperglicemia.
Artrite Reumatoide – Mobilidade limitada que pode não ser visível.
Fibromialgia – Dor crônica e fadiga que afetam a capacidade de realizar atividades cotidianas.
Doenças Autoimunes –
Lúpus – Sensibilidade ao sol, dor nas articulações e fadiga extrema.
Esclerose Múltipla – Sintomas que variam de fadiga a problemas de mobilidade e visão.
Condições Mentais e Neurológicas –
Transtorno do Espectro Autista – Dificuldades de comunicação e interação social que podem não ser evidentes.
Ansiedade – Necessidade de ambientes calmos e apoio em situações estressantes.
Síndrome de Tourette e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) – Necessidades de ajustes em ambientes de trabalho e educação.
Outras Condições Invisíveis –
Epilepsia – Necessidade de assistência imediata em caso de crise.
Doença de Crohn e Colite Ulcerativa – Urgência em acessar banheiros devido a problemas digestivos.
Direitos dos Portadores dos Cordões de Acessibilidade
Os portadores dos cordões de acessibilidade têm direitos que visam garantir sua segurança e bem-estar. Esses direitos podem variar dependendo do país e da instituição. Veja alguns exemplos mais comuns:
Acesso Prioritário e Assistência:
Aeroportos e Transportes Públicos dão acesso prioritário em filas e assistência extra durante o embarque e desembarque.
Supermercados e Lojas oferecem atendimento prioritário e acesso a áreas reservadas para evitar aglomerações e estresse.
Eventos Públicos garantem entrada facilitada e áreas reservadas para evitar longas esperas e situações potencialmente exaustivas.
Apoio Educacional e Profissional:
Escolas e Universidades formulam adaptações no ambiente de aprendizagem, como tempo adicional para exames e materiais de apoio.
Ambiente de Trabalho tende a ajustar o local, fornecendo horários flexíveis e dando permissão para pausas adicionais.
Assistência Médica:
Hospitais e Clínicas, reconhecem de imediato as necessidades específicas dos portadores e adequam o atendimento para garantir conforto e eficácia no tratamento.
Emergências Médicas possuem profissionais que identificam rapidamente as necessidades para acelerar a prestação dos cuidados e evitar complicações.
Impacto dos Cordões de Acessibilidade na Sociedade
![Mãos negras abertas sobre uma mesa branca e à sua frente há ícones esculpidos de pessoas com suas diferentes características: da esquerda para a direita tem uma mulher, um homem idoso com uma bengala, uma pessoa com obesidade, um cadeirante, uma mulher grávida, um homem, uma mulher com nanismo, um menino (criança) e um mulher com deficiência visual usando uma bengala.](http://www.vileve.com.br/wp-content/uploads/2024/06/Imagens-blog-Vileve-Pay-2-1024x683.jpg)
Os cordões de acessibilidade tiveram um impacto significativo na vida dos portadores de doenças invisíveis. Os cordões não são apenas um meio de identificação, eles também aumentam a conscientização sobre essas condições das doenças invisíveis, promovendo uma sociedade mais inclusiva e compreensiva. A aceitação e a adoção dos cordões em diferentes setores têm crescido exponencialmente, refletindo um movimento global em direção à inclusão e acessibilidade.
Desafios e Futuro dos Cordões de Acessibilidade
Apesar do sucesso e da aceitação dos cordões de acessibilidade, ainda existem desafios a serem enfrentados. A principal dificuldade é garantir que todos os funcionários em setores relevantes sejam adequadamente treinados para reconhecer e responder às necessidades dos portadores dos cordões.
Outro ponto importante é a questão da privacidade e do estigma. Através da inclusão os indivíduos portadores das doenças ocultas não devem se sentir desconfortáveis em usar uma identificação sobre sua condição.
Para o futuro, espera-se que a conscientização continue a crescer e que mais setores adotem o uso dos cordões. Inovações tecnológicas, como a integração com aplicativos de smartphones, podem oferecer mais formas de identificação e suporte. Outra proposta interessante seria de promover campanhas de educação pública são essenciais para garantir que a sociedade em geral compreenda e respeite as necessidades dos portadores de doenças invisíveis.
![Esta imagem representa a diversidade e a inclusão na sua forma mais pura, com quatro crianças felizes e sorrindo. Todas estão usando blusas pintadas com tinta e mostrando as mãos abertas sujas de tintas coloridas. As crianças possuem características diferentes, sendo um menino negro, uma menina ruiva, um menino loiro com Síndrome de Down e uma menina asiática.](http://www.vileve.com.br/wp-content/uploads/2024/06/Imagens-blog-Vileve-Pay-3-1024x683.jpg)
Os cordões de acessibilidade das doenças invisíveis representam um passo importante na promoção de uma sociedade mais inclusiva e compreensiva. Eles oferecem um meio simples e eficaz de identificar e apoiar pessoas com condições que não são visíveis, melhorando significativamente sua qualidade de vida. À medida que a aceitação desses cordões continua a crescer, é crucial que a educação e a conscientização acompanhem esse progresso, garantindo que todos compreendam e respeitem as necessidades dos portadores de doenças invisíveis.
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